Apenas certificar a barra de ouro não resolve o problema. É preciso abordagem integrada da cadeia produtiva, afirma CEO da Alpha Minerals

A indústria do ouro no Brasil enfrenta desafios relacionados a sustentabilidade e a origem do metal. Estudo do Instituto Escolhas aponta a dificuldade de atestar a legalidade de extração e comércio do ouro brasileiro exportado para países da Europa.

Enfrentar os desafios ambientais, sociais e regulatórios, com a adoção de práticas de mineração sustentáveis, tecnologias inovadoras e uma abordagem equilibrada que respeite as comunidades e o meio ambiente, é a solução para melhorar a reputação do Brasil é garantir uma produção de ouro responsável.

Neste contexto, uma startup paulista vem chamando atenção por iniciativas com potencial para redefinir o mercado de metais preciosos no país. Com abordagem inovadora e integrada, a Alpha Minerals oferece soluções eficientes para a exploração, desenvolvimento e comercialização de metais preciosos em nível internacional.
A empresa tem um portfólio diversificado e uma estratégia focada em soluções 360º, que combina experiência técnica com inovação para fornecer soluções que abrangem todas as etapas do ciclo de vida dos metais preciosos, desde a exploração até a comercialização nos principais hubs internacionais de ouro.
Maurício Gaoiti, CEO da empresa explica que as soluções cobrem cada aspecto do mercado de metais preciosos, otimizando a eficiência, minimizando riscos e maximizando valor para produtores e compradores de ouro no brasileiro
“A Alpha se diferencia do mercado, assim, no sentido de propostas, de rastreabilidade porque nossa intenção vai além de certificar a origem da barra de ouro, mas sim, o processo e a mineradora com foco em coloca-las no patamar internacional de profissionalização no ramo do ouro. Estamos trabalhando com um grupo seleto de mineradoras que passaram por uma auditoria, uma verificação para estar junto com a gente, e poder usufruir das portas no mercado internacional que a Alpha abre a ela”, destaca Gaioti.

Profissionalização, Tecnologia e Vivência de Campo

A Alpha, segundo Gaioti tem ajudado no aumento do nível de profissionalização de áreas produtoras de ouro no Centro Oeste, Norte e Nordeste, levando soluções não só a mineradores, mas a garimpos para se transformarem em pequenas mineradoras, junto a Agência Nacional de Mineração (ANM), homologação de licenças ambientais, orientação sobre as melhores técnicas de lavra para mitigar o impacto ambiental, logística inteligente para transporte do metal, comércio internacional, finanças, laboratórios para análises que garantem a autenticidade da procedência do ouro, proporcionando confiança aos parceiros comerciais e a rastreabilidade do material.

Gaoiti destaca que a expertise da prática de estar em campo, somado a tecnologia é a espinha dorsal das transações dentro do ecossistema Alpha Minerals. “O blockchain é essencialmente um sistema de registro de transações, por isso entendemos que a própria nota fiscal eletrônica já é uma forma transparente e reconhecida hoje pelo governo brasileiro para registrar as transações, que deve ser somada a procedimentos complementares de acompanhamento e certificação. Baseado nisso nosso ecossistema permite apenas mineradoras homologadas, previamente aprovadas pela Alpha, ou seja, não somente sua barra, mas toda a empresa, da parte de gestão, governança corporativa, até os processos de mineração, tem que estar plenamente validados para ter acesso a nossa área de negócios internacionais onde o ouro poderá ser vendido a preços superiores a realidade de mercado atual”, diz o executivo.

Gaoiti avalia que a rastreabilidade, só é bem executada quando todas as pontas querem verdadeiramente contribuir. “O importador não quer ter problema lá fora, tem as exigências internacionais, das joalherias, ele quer comprar ouro apenas de boa procedência, não quer ver o nome dele envolvido em nenhum escândalo. E no caso dos mineradores, eles também estão com medo de vender para qualquer um, eles têm medo de vender para um comprador, que amanhã possa ter problema legal. E a Alpha apresenta soluções confiáveis de rastreabilidade para a construção desse elo de confiança,” destaca.

Comercialização e Logística para pequenos produtores

Gaioti conta que a Alpha possui uma rede global de clientes e parceiros, permitindo uma comercialização eficiente dos metais preciosos. A empresa garante aos mineradores parceiros que produtos sejam vendidos nos mercados mais vantajosos e a preços competitivos. Além disso sua logística integrada oferece soluções para assegurar que os metais preciosos sejam entregues de forma segura e eficiente aos seus destinos finais, com uma gestão de cadeia de suprimentos e transporte especializado.
“Nossa abordagem integrada permite otimizar todas as fases do ciclo de vida dos metais preciosos, desde a exploração até a comercialização, resultando em maior eficiência e menor custo, garantindo a estabilidade e a segurança das operações,” comenta Gaioti.

Acesso ao mercado internacional

Pequenos mineradores que não tinham acesso ao mercado internacional agora podem contar com a Alpha para acesso à exportação em pequena escala. “Isso é muito relevante, porque, no geral, o mercado internacional só pensa em grandes contratos, grandes escalas, e a nossa proposta é diferente, porque a gente visa justamente pequenos produtores que pode já ter uma concessão de lavra ou até que esteja em fase de guia utilização ou em fase de permissão de lavra garimpeira,” explica Gaioti.

Gaoiti esclarece ainda que cada estágio demanda um acompanhamento especifico para comercialização da produção rastreável. “Nosso foco é colocar o pequeno minerador no mercado internacional com segurança, mostrando a ele, os benefícios de uma produção sustentável, com origem atestada; fiscais com isenção do pagamento ICMS, de PIS, COFINS, benefícios de poder importar insumos estratégicos e máquinas que não tem no Brasil.”

Sustentabilidade é o foco

A ênfase na sustentabilidade em cada fase do processo ajuda a reduzir o impacto ambiental e adoção de práticas responsáveis também é o foco da Alpha. “É muito importante toda questão de contribuição social e ambiental. O minerador que está no ecossistema da Alpha entende que precisa adotar as melhores práticas para subir a um novo patamar. Orientamos ele nessa condução ambiental, guiando passo a passo. A Alpha acompanha não apenas uma análise do ouro, mas todo o processo para garantir um atestado de boa procedência”, destaca.

Na próxima semana – em 24 de agosto – a equipe da Alpha estará em Cuiabá, onde realiza sua imersão empresarial, Gold Trading Compliance, que vai reunir mineradores do estado. A iniciativa busca apresentar aos pequenos empresários como eles podem acessar ao ecossistema da Alpha, para que sua produção de ouro seja rastreável e que tenham acesso ao mercado internacional com segurança, somado a um treinamento completo sobre compliance, boas práticas e técnicas de comercio exterior, para prepará-los a alcançar o próximo patamar.
Gaoiti também participa em setembro em Belo Horizonte do Congresso Brasileiro de Mineração, durante a Exposibram, que vai debater o cenário da mineração mundial, com a presença de especialistas, representantes do setor produtivo, governamental e terceiro setor. Ele será um dos palestrantes de um painel dedicado a rastreabilidade do ouro no país, onde apresentar o trabalho realizado pela Alpha na cadeia produtiva de metais precisos no país.

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